CRI e CRA: entenda o que são e quais as diferenças

CRI e CRA

O que é CRI e CRA?

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) são instrumentos financeiros que surgem da securitização de recebíveis. Em termos simples, empresas que concedem créditos, como construtoras ou fazendas, transferem parte dos direitos de receber esses pagamentos futuros para intermediários chamados securitizadoras.

Essas securitizadoras transformam esses direitos em títulos, os CRI e CRA, que são, por sua vez, adquiridos por investidores. Quem compra esses títulos passa a receber os pagamentos futuros originados pelos créditos.

Quais as principais diferenças entre eles?

Os CRIs são lastreados em créditos provenientes do mercado imobiliário. As negociações envolvem o aluguel de terrenos, imóveis residenciais ou comerciais.

Se uma construtora tem pagamentos pendentes de compradores de imóveis, ela pode transferir esses direitos a uma securitizadora. Essa securitizadora emite CRI baseados nessas receitas, permitindo que investidores tenham uma chance de investir de forma indireta no setor imobiliário e receber parte dos lucros gerados por esses ativos.

Já os CRAs são lastreados em créditos provenientes do agronegócio. As negociações estão relacionadas à venda de produtos e insumos agrícolas, contratos de arrendamento rural, etc.

Uma empresa agrícola que tenha financiado atividades como o plantio e colheita de safras pode transferir os direitos de receber os pagamentos desses financiamentos a uma securitizadora. Essa securitizadora emite CRA lastreados nesses recebíveis. Isso proporciona aos investidores a chance de participar dos ganhos gerados pelo agronegócio por meio desses títulos.

Como funciona a rentabilidade do CRI e do CRA?

Quanto à rentabilidade dos CRIs e dos CRAs, existem três categorias de títulos:

  1. Prefixados: Ao adquirir o Certificado, você já tem conhecimento do valor que receberá no final do prazo.
  2. Pós-fixados: Nesse caso, há apenas uma estimativa, pois as flutuações no mercado financeiro podem impactar a rentabilidade final.
  3. Híbridos: Esses títulos podem combinar parte do rendimento a uma taxa prefixada e a outra parte à variação de índices econômicos, como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor).

É importante destacar que eles são considerados títulos com baixa liquidez, especialmente se o cliente precisar vender antecipadamente.

Geralmente, as corretoras de valores lidam com a negociação de títulos originados por emissores de pequeno e médio porte. Isso ocorre porque essas instituições tendem a oferecer rendimentos mais atrativos para atrair investidores. Dessa forma, investir por meio de uma corretora de valores se torna mais interessante do que optar por um banco.

Quais são as vantagens e desvantagens?

As principais vantagens de se investir em CRIs e CRAs, está na renda fixa atrativa, pois oferece retornos superiores aos títulos públicos; diversificação; baixa correlação e lastro imobiliário e de produtos do agronegócio.

Porém, as desvantagens também precisam ser levadas em consideração. Eles são investimentos de baixa liquidez, com risco de inadimplência, de avaliação complexa e dependência do desempenho do mercado imobiliário e agrário.

Como investir?

Para investir em CRIs e CRAs, é importante levar em consideração o seu perfil de investidor e também os seus objetivos. Ter uma assessoria de investimentos especializadas para te auxiliar é fundamental.

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