Títulos Públicos Federais

São títulos de dívida emitidos pelo Governo, por meio do Tesouro Nacional, com a finalidade de captar recursos para o financiamento da atividade pública. Quem investe nesses títulos está emprestando dinheiro para o Brasil.

Todos os títulos públicos são ativos de renda fixa, ou seja, caso o investidor fique com o título até o vencimento, a remuneração final será exatamente a contratada na aplicação.

O Tesouro Direto (TD) é uma das formas mais conhecidas de negociação de títulos públicos federais. Na prática é a plataforma de negociação de títulos públicos oferecidos pelo Tesouro Nacional. A XP oferece dentro da sua plataforma, um Hub que conecta direto com o TD. Por ela, os investidores podem negociar esses papéis diretamente com o tesouro nacional. Essa negociação direta de um título com seu emissor é chamada de mercado primário.

Mas existe outra opção, o mercado secundário de títulos públicos. No mercado secundário, a negociação se dá entre os investidores. Não é possível acessá-lo pelo Tesouro Direto ou pelo home broker. O investidor só pode negociar por meio da mesa de operações da sua corretora de valores. O mercado secundário é utilizado por grandes investidores, como empresas, fundos e bancos.

O investimento através do mercado secundário tem uma série de vantagens quando comparado ao tesouro direto. Títulos comprados no mercado secundário não são custodiados na bolsa de valores, como ocorre com o Tesouro Direto, e ficam custodiados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Por esse motivo, o investidor não fica sujeito à cobrança da taxa da Bolsa de Valores no valor de 0,3% ao ano, obrigatória no Tesouro Direto. Mas não se preocupe, no Selic (não confundir com a taxa), os títulos dos clientes ficam custodiados numa conta separada da conta própria da corretora de investimentos, com recibo em seu nome, para que o patrimônio não se misture com o da corretora e risco soberano se transforme no risco da corretora. Se ficassem na mesma conta, os investidores poderiam, em tese, perder seu investimento caso a corretora quebrasse.

Vantagens do mercado secundário

  1. Isenção de taxas: a primeira óbvia vantagem de investir pelo mercado secundário é a ausência da taxa de custódia da CBLC de 0,2% ao ano. Além disso a XP não cobra taxa de administração. Logo, o custo é zero.
  2. Mais prazos para os títulos: no mercado secundário há muito mais vencimentos para cada tipo de título do que no Tesouro Direto. Por exemplo, o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B) só costuma opções para três vencimentos no Tesouro Direto. Enquanto isso, no mercado secundário, há títulos com vencimentos em todos os anos até 2060.
    Propiciando o investidor criar uma série de estratégias, como, carteira de renda trimestral só com os cupons dos TPF do mercado secundário.
  3. A liquidação das operações de aplicação ou resgate que são realizados no mesmo dia entre 10h – 17h, (D+0). Diferente do tesouro direto que é em D+1

Portanto, os Títulos Públicos comprados no mercado secundário são os mais seguros do mercado e ideais para este momento de incertezas e instabilidades na economia local e global. Além do que, são os títulos com maior liquidez do mercado e poderão ser resgatados com ágio, que significa que o ativo está com um valor maior do que aquele que é normalmente negociado no mercado, quando eventualmente a taxa de juros cair em 2023 e 2024.

Tiago Velloso
AAI Especialista de Renda Fixa