21/03 – Repercussões da Super Quarta : Entenda os desdobramentos

Edição #878- Visão do Mercado – Newslettter feita às 7:30 am

Vamos as principais destaques do Brasil e do Mundo dessa edição:

Nossa Newsletter também em áudio:

China| Ásia

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, um dia após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) reafirmar projeção de que cortará juros três vezes este ano e, ao mesmo tempo, deixar suas taxas inalteradas. Na volta de um feriado no Japão, o índice Nikkei subiu 2,03% em Tóquio, à nova máxima histórica de 40.815,66 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi saltou 2,41% em Seul, a 2.754,86 pontos, o Hang Seng avançou 1,93% em Hong Kong, a 16.863,10 pontos, e o Taiex registrou ganho de 2,10% em Taiwan, a 20.199,09 pontos.

O PMI composto do Japão subiu de 50,6 em fevereiro para 52,3 em março, segundo pesquisa preliminar da S&P Global em parceria com o Jibun Bank publicada nesta quarta-feira.

O indicador permaneceu acima do patamar neutro de 50, ou seja, indica expansão da atividade.

Enquanto isso, o PMI industrial avançou de 45,3 para 46,5 no mesmo período, ainda em território de contração. O PMI de serviços teve alta de 52,9 para 54,9 na mesma comparação. Segundo a S&P Global, as leituras marcam a terceira expansão consecutiva nos níveis de atividade, e é o avanço mais forte desde agosto de 2023.

China: Vice-presidente do BC sugere mais flexibilização monetária

O vice-presidente do BC chinês, Xuan Changneng, sugeriu que haverá mais flexibilização monetária, enquanto o governo do país amplia os esforços para estimular a economia e o setor produtivo. Xuan afirmou que ainda há espaço para reduzir a quantidade de dinheiro que os credores devem manter em suas reservas e acrescentou que o PBoC deverá lançar um novo mecanismo de empréstimo voltado ao setor industrial e à economia digital.

O vice-presidente do PBoC disse ainda que a China tem uma riqueza de ferramentas de política monetária à disposição.

Minério de Ferro

Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 2,72%, a 849,50 iuanes, o equivalente a US$ 118,00

Europa

Os mercados europeus também operam em alta, com os investidores da região atentos às últimas decisões de política monetária do Banco da Inglaterra, do Norges Bank e do Swiss National Bank. O Banco Nacional Suíço surpreendeu o mercado com a decisão de reduzir a sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para 1,5%, dizendo que a inflação nacional deverá permanecer abaixo de 2% num futuro próximo.

Espera-se que o Banco de Inglaterra mantenha as taxas de juro inalteradas em 5,25% quando se reunir no final da sessão, mas economistas estarão à procura de sinais sobre quando poderá ocorrer o primeiro corte nas taxas.

Estados Unidos

⚠️ Fed/Powell: Transição suave do aperto quantitativo reduz riscos de liquidez

Uma transição gradual da redução do balanço de ativos do Fed, o chamado aperto quantitativo (QT, na sigla em inglês), traz menos riscos à liquidez do sistema financeiro, afirmou o presidente da instituição, Jerome Powell. Ele disse há pouco que a meta de longo prazo é manter um balanço de ativos apenas com Treasuries. Ainda assim, o Fed não quer repetir uma situação de poucas reservas. Segundo ele, o Fed está considerando reduzir o ritmo do QT em breve, mas o período em que isso vai acontecer ainda não foi discutido entre os membros do Fomc hoje.

Reação ao Fed

++ Hirtle Callaghan & Co/Brad Conger: “O Fomc está diante de um dilema. A inflação de janeiro e fevereiro mostrou que o progresso em direção à meta de 2% está estagnado, na melhor das hipóteses. Na pior, existe um repique. Isso exige um ajuste hawkish na comunicação. Em vez disso, recebemos uma injeção de adrenalina dovish. Isso contraria o mandato do Fed, de promover a estabilidade de preços”.

++ EUA/Treasuries: T-bond de 30 anos sobe a 4,4537%, de 4,4434%, ontem

++ T-note de 2 anos recua a 4,615%, de 4,6873%

++ T-note de 5 anos cede a 4,2539%, de 4,2995%

++ T-note de 10 anos cai a 4,276%, de 4,294%

Brasil

COMPARAÇÃO COMUNICADOS COPOM (LLM). | ANDRÉ PERFEITO

Comparação entre os comunicados do Copom de janeiro de 2024 e março de 2024:

* Ambiente Externo:

* Janeiro: O ambiente externo é volátil, com debates sobre a flexibilização da política monetária e sinais de queda da inflação, mas com pressões nos mercados de trabalho.

* Março: Continua volátil, com debates sobre a flexibilização da política monetária, mas destaca-se a incerteza sobre a velocidade da queda da inflação global.

* Atividade Econômica Doméstica:

* Janeiro: Os indicadores de atividade econômica estão consistentes com a desaceleração prevista pelo Copom.

* Março: A atividade econômica continua desacelerada, com a inflação cheia ao consumidor em trajetória de desinflação, embora as medidas de inflação subjacente estejam acima da meta.

* Expectativas de inflação do COPOM:

* Ambos os comunicados mencionam expectativas de inflação em torno de 3,8% para 2024 e 3,5% para 2025.

* Cenário para a inflação:

* Janeiro: Projeções de inflação para 2024 e 2025 são de 3,5% e 3,2%, respectivamente.

* Março: As projeções de inflação permanecem similares, com ligeiro aumento nas projeções para a inflação de preços administrados.

* Decisão de taxa de juros:

* Janeiro: O Copom decide reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 11,25% ao ano.

* Março: O Copom decide reduzir novamente a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 10,75% ao ano.

* Próximas reuniões:

* Janeiro: Anteveem-se reduções de mesma magnitude nas próximas reuniões.

* Março: Anteveem-se reduções de mesma magnitude na próxima reunião, enfatizando a necessidade de maior flexibilidade na condução da política monetária.

Em resumo, o ambiente externo permanece volátil em ambos os comunicados, mas o comunicado de março destaca uma incerteza maior. A atividade econômica continua desacelerada, com ligeiras diferenças nas projeções de inflação, e ambas as reuniões resultaram em reduções de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros. O comunicado de março destaca a necessidade de maior flexibilidade na condução da política monetária devido à elevada incerteza.

Nossa visão:

A XP Investimentos manteve a projeção de Selic terminal em 9%, nível a ser alcançado no segundo semestre, mas avalia que há uma assimetria altista nessa estimativa após a alteração no forward guidance pelo Comitê de Política Monetária (Copom). “Patamares maiores que 9% parecem ter probabilidade maior que patamares abaixo de 9%”, disse o economista da corretora Rodolfo Margato.

Para ele, a retirada do plural no forward guidance (alteração de próximas reuniões para próxima reunião na indicação para corte de 0,50 ponto porcentual) se deve à opção dos membros do Copom por ganhos de grau de liberdade e de flexibilidade na condução da política monetária.

A leitura geral de Margato é de uma decisão mais hawkish, ou seja, com um indicativo mais duro em relação à condução da política monetária. Mas ele notou um trecho mais dovish.

Trata-se da manutenção das projeções de inflação cheia para 2024 e 2025 mesmo em um cenário de taxas maiores para administrados. “Isso seria uma visão um pouco mais benigna para itens livres”, afirmou.

Agenda:

Economia BRASIL:

• 10:30: Arrecadação fev., est. R$ 184,5 bi, ant. R$ 280,6 bi

• 10:30: Tesouro oferta LTNs para os vencimentos 2024, 2026, 2028 e 2030; NTN-Fs para 2031 e 2035

• 11:30: BC faz leilão para rolagem de 16.000 contratos de swap cambial

• 14:30: BC divulga fluxo cambial semanal

Economia dos EUA

• 09:30: Pedidos iniciais seguro-desemprego 16/mar, est. 213.000, ant. 209.000

• 10:45: S&P Global Manufacturing março prévia, est. 51,8, ant. 52,2

• 11:00: Indicadores antecedentes fev., est.-0,1%, ant. -0,4%

• 11:00: Venda de casas existentes fev., est. 3,95 mi, ant. 4,00 mi

Balanços 📈

Alliança (#AALR3) pós-mercado

Allied (#ALLD3) pós-mercado

Cemig (#CMIG4) pós-mercado

Copasa (#CSMG3) pós-mercado

CPFL Energia (#CPFE3) pós-mercado

EspaçoLaser (#ESPA3) pós-mercado

Even (#EVEN3) pós-mercado

Melnick (#MELK3) pós-mercado

Qualicorp (#QUAL3) pós-mercado

Sabesp (#SBSP3) pós-mercado

Abertura Mercados – 20/03/2023

🌏 EUA

Dow Jones Futuro: +0,26%

S&P 500 Futuro: +0,37%

Nasdaq Futuro: +0,69%

🌏 Ásia-Pacífico

Shanghai SE (China), -0,08%

Nikkei (Japão): +2,03%

Hang Seng Index (Hong Kong): +1,93%

Kospi (Coreia do Sul): +2,41%

ASX 200 (Austrália): +1,12%

🌍 Europa

FTSE 100 (Reino Unido): +0,90%

DAX (Alemanha): +0,49%

CAC 40 (França): +0,11%

FTSE MIB (Itália): +0,28%

STOXX 600: +0,59%

🌍 Commodities

Petróleo WTI, -0,25%, a US$ 81,07 o barril

Petróleo Brent, -0,20%, a US$ 85,78 o barril

🪙 Bitcoin

Os preços do Bitcoin sobem 1,81%, a US$ 66.839,65

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